terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Entendendo o vicio


O vício e suas implicações



A pessoa envolvida com um vício não tem ciência do processo de escravidão em que entrou ou esta entrando, por isso é uma estratégia do mal, muito sedutora, que tem o objetivo de destruir a vida das pessoas.
Com o uso de drogas a pessoa tem uma sensação de que pode fugir dos seus problemas e frustrações com se eles, com um passe de mágica, pudessem simplesmente desaparecer sem serem solucionados, mas isso na verdade não acontece, quanto mais tempo um problema fica sem solução, mais intenso ela fica.


Essa situação é um dos principais motivos que causam a dependência, pois quanto mais uma pessoa faz uso das drogas para se afastar dos problemas, mais problemas vão aparecendo. Isso se torna uma bola de neve, porque depois que o efeito da droga passa, os problemas anteriores ainda estão no mesmo lugar, só que acompanhados de outros ainda maiores.

O individuo usa mais drogas, entrando assim num ciclo em que o final e’ a overdose e a morte.

O estilo de vida que a maioria das pessoas da sociedade tem hoje em dia, no qual os integrantes da família passam mais tempo fora de casa do que no ambiente familiar, e quando elas estão em casa, estão irritadas, caladas e interessadas em relaxar cada um a sua maneira, acaba favorecendo este processo danoso.
O vicio engana dando a impressão de que a pessoa pode conseguir fora do lar algo melhor do que tem dentro do ambiente familiar, e o individuo busca fora o que conseguiria ter dentro de sua própria casa, se procurasse resolver o que esta’ gerando esta deficiência.

O que causa a dependência

Desajuste familiar ou social, na qual a pessoa se depara com o vicio e acaba tornando seu corpo debilitado pela necessidade de consumo, ou seja, não passa de preconceito a idéia de que alguém se torna dependente porque quer. A dependência se manifesta na perda do controle pelo usuário de todos os seus atos e da capacidade de decisão.
      Problemas emocionais (medo, ansiedade,etc) crescer num ambiente hostil (família desintegrada, circulo de amigos drogados), intensificar o consumo ocasional e depois sistemático de alguma droga leve por alguns (maconha) e depois de um tempo o consumo de outras drogas consideradas pesadas por alguns(cocaína,crack e heroina), sendo que nesse ultimo estagio,  desencadeia-se no cérebro novos padrões de prazeres que só a droga pode oferecer.
Essas causas não podem ser atacadas isoladamente, com remédios (causa biológica), com psicoterapia (causa psicológica) ou apoio moral (causa social)

Se não forem tratadas as razoes mais profundas, a dependência acabara voltando.



Conseqüências da dependência



O vicio traz varias conseqüências, como?
Destruição de lares
Perda de confiança no dependente depressão
Perda de bens materiais e empregos
Problemas de saúde, como cirrose hepática, gastrites, úlcera
Morte


Tempo de Tratamento


O tempo de tratamento e’ indefinido, pois não podemos determinar se a cura vai demorar ou não para acontecer. O que podemos afirmar e’ que quanto mais rápido começar o combate, mais rápido haverá uma vitória definitiva.
Eventualmente, poderá haver períodos de recaída, cuja gravidade depende do acerto ou da eficiência com que o problema esta sendo atacado.
Com uma boa qualidade de vida e vivendo longe das drogas, muitos ex-dependentes podem garantir que a fase pós-dependência não e’ só melhor que a vida que levava antes, mas e’ melhor do que a vida de muitas pessoas que não tiveram envolvimento com as drogas, mas que convivem com outros tipos de conflitos que são menos evidentes, mas não menos devastadores do que as drogas.


Discernir cada caso


Cada caso é um caso, e em situações muito semelhantes, as atitudes que servem para um dependente químico, muitas vezes não valem para outro, e é por isso que não se deve estabelecer regras absolutas para o tratamento, mas sim formas adequadas de pensamentos para a tomada de decisões, e a partir daí cada família encontrara’ as melhores atitudes a serem tomadas dentro da sua realidade.

Deformações dos dependentes
O dependente tem como deformações mais freqüentes:
Falta de Maturidade
Falta de Humildade
Espírito de Violência
Espírito de Prostituição
Espírito de Preguiça
Espírito de Religiosidade
Espírito de Mentira
Espírito de Acusação
Ansiedade
Carência Afetiva
Incredulidade
Falta de amor-próprio (baixa auto-estima)
Dificuldade de perdoar, aliada ao ódio e a revolta
Dificuldade de expressar seus sentimentos
Exaltação da própria imagem


Essas deformidades da alma (sentimentos, traumas) que mesmo sem serem notadas já’ existiam antes do vicio, tem o objetivo maligno de permitir que mesmo depois de um tempo afastado do vicio, o individuo venha a ter recaídas, ou seja, retornar ao vicio, só que agora pior que do que no primeiro estagio.

O não tratamento das deformidades funciona como uma porta aberta, em que o vicio entra e sai da maneira que lhe convém, para trazer maior destruição; faz que com o individuo, e sua família, percam as forças, o animo e as esperanças em continuar a buscar uma solução para o problema, acabando por desistirem de continuar a lutar contra o vicio, aceitando a derrota.

Características do Usuário


E’ comum as pessoas acharem que o vicio e’ um tipo de problema que só acontece na família dos outros, ate’ que acontece em seus lares. Por isso e’ bom prevenir.

E’ preciso estar atento ao comportamento de nossos filhos, para perceber qualquer mudança brusca. Não que isso signifique que qualquer mau humor passageiro, tão comum nos adolescentes, seja sinal de que ele esteja consumindo drogas.

Algumas características do usuário:

-  Olhos permanentemente vermelhos e irritados
-  Perda do interesse pelos estudos ou trabalho
-  Falta de higiene pessoal
-  Agressividade a flor da pele
-  Fuga para isolamentos, como ficar sozinho trancado por varias horas
-  Sempre arredio a visitas e encontros sociais em família
- Frascos de colírio pela casa ou escondidos
- Troca de horários, trocar o dia pela noite
-  Emagrecimento e falta de apetite
-  Mentiras constantes

Tipos de dependência


Os tipos de dependências podem ser divididos em:  física ou química e psíquica.
Abaixo segue descrição de cada um dos tipos para maior entendimento:



I.a- Física ou Química


E’ um estado fisiológico anormal produzido pelo uso repetido da droga, que quando suspenso gera transtornos fisiológicos mais ou menos intensos, pois o organismo do usuário metabolicamente já se acostumou`a droga.

Geralmente nesta fase o usuário começa a perceber que o que parecia alivio, mostrou a sua verdadeira face se transformando em aflição, porque as conseqüências e as cobranças pelas escolhas erradas começam a aparecer muito rapidamente e como um vulcão em erupção jorra tudo de uma vez.

O dependente começa a ter reações físicas diferentes como:  suadeiras, tremedeiras, não consegue mais ter a mesma capacidade de concentração e raciocínio, perde emprego e a confiança de amigos e familiares.

Ele finalmente chega ao fundo do poço e descobre que na sua limitação humana depende agora da droga para tudo. E’ uma escravidão completa que o leva a uma conduta maligna, se envolvendo com a criminalidade, trafico e prostituição. Não existe mais amor por nada, a droga esta’ acima de tudo, de Deus, da família e ate’ mesmo da sua integridade física.

Nessas condições ele se conforma que sua vida não pode mudar mais e que ele esta’ condenado a ser eternamente um dependente.

Começa a afundar cada vez mais, esperando apenas o dia da sua morte, sem esperar mais nada da vida.

O principal engano dessa fase e’ que o dependente agora sabe que não e’ apenas uma brincadeira e que seu problema e’ serio, e após diversas tentativas de cura e busca de restauração física em vários locais como médicos e psicólogos. Com isso ele não tem mais animo para continuar a lutar contra a droga e acaba se entregando de vez ao vicio.

 

I.b- Psíquica

 
E’ um estado psicológico de vontade incontrolável de ingerir drogas periodicamente ou continuamente embora haja transtornos fisiológicos.
Nessa fase o dependente já aprende que quando aparece um problema que ele não consegue solucionar ou uma frustração mais intensa, ela usa drogas para fugir do problema. Aprende também a misturar a droga com os seus sentimentos, isto e’, quando esta’ triste usa, quando esta alegre usa também, ou seja, qualquer momento e’ pretexto para o consumo.
A freqüência do uso de drogas começa a aumentar e fica difícil esconder-se a dependência, a confusão de sentimentos, a crise de identidade e a vergonha que começam a aparecer.
Nessa fase e’ comum o dependente trocar o dia pela noite, tentando esconder seus novos hábitos que, condenados pela sociedade, causam vergonha e medo de praticar em público.
A principal mentira dessa fase, e’ que a pessoa e’ enganada pelos seus sentimentos na falsa crença de que esta fazendo algo errado e condenável, mas que pode ocultar e enganar a todos para que não descubram os seus segredos, e quando ele achar que deve parar ele para, como se isso fosse apenas uma brincadeira que não coloca em risco a sua vida. Por outro lado há outros que nesta fase gritam por uma libertação.


I.c- Etapas da Fase Psíquica


Primeira Etapa- Também chamada “fase do namoro”, e’ a fase de iniciação, geralmente por curiosidade. A droga da’ alivio, prazer ou recompensa, e tudo transcorre as mil maravilhas.

Com o primeiro contato com o vicio, que pode ocorrer por vários motivos:  auto afirmação, curiosidade, necessidade de fazer parte de algum grupo, etc, o vicio não e’ encarado como prejudicial, porque ainda não se manifestam as piores conseqüências, mas apenas pequenos atritos ou desvios que podem ser confundidos com fases ruins de sua vida, falta de compreensão e aceitação por parte da família, por isso nesta fase e’ difícil o individuo aceitar que esta’ a caminho da destruição espiritual, física, mental e moral.

Esse primeiro contato implica em provar uma substancia química (geralmente como resposta a pressão  dos companheiros) e experimentar a sensação que produz. Durante essa etapa, o adolescente ou jovem usa a droga ocasionalmente, quando os amigos lhe apresentam. Não há sintomas, nem conseqüências aparentes. Geralmente a família não sabe de nada e nem desconfia.

A principal mentira dessa fase e’ que a pessoa não conhece o final do caminho em que esta’ entrando, porque o vicio ainda não aparece como uma coisa ruim e um caminho de morte, mas sim disfarçado de solução e alivio para todos seus problemas, que na verdade, não e’ no vicio que esse indivíduo encontrara’ a solução  dos seus problemas e frustrações.



Segunda Etapa- O adolescente procura a sensação que experimentou. Ele começa a enfrentar os primeiros problemas com as drogas. Em casa e na escola, sua conduta se deteriora, apesar de procurar viver uma vida dupla. Podera’ dizer aos familiares quando lhe perguntarem: Experimentei maconha uma vez, mas não gostei; ”não sei por que a turma fuma essa porcaria”. Nessa fase a freqüência do uso de drogas começa a aumentar.
E’ comum  o dependente trocar o dia pela noite, tentando esconder seus novos hábitos. Estando em uma crise moral o dependente começa a acusar e a criticar em excesso a droga e outros dependentes, com o objetivo de desviar a atenção da família de seu problema.
A principal mentira dessa fase e’ que a pessoa, enganada pelos seus sentimentos, acha que pode continuar com a sua brincadeira maligna, mas que quando desejar parar, ele para, sem que ninguém fique sabendo ou lhe traga conseqüências.

Terceira Etapa- Agora tudo se torna mais difícil, porque sua tolerância para coma droga aumentou, e as drogas iniciais já não fazem o efeito de antes. E agora ele parte para drogas mais fortes.

Mais ou menos nessa etapa o dependente sai do seu esconderijo, e abandona os amigos íntegros, a escola ou qualquer outra coisa que o impeça de usar drogas. Luta com a família, rouba, e acontece uma tempestade de mentiras. E’ normal nesta fase os problemas com a policia, pequenos tráficos, e fazer um pequeno estoque de droga escondido em casa. Vive entediado e, pior que olhos avermelhados, garganta dolorida, tosse e cansaço, e’ o seu senso de culpa.

Quarta  Etapa- Já apresenta um comportamento alterado, pois seu “namoro” com a droga tornou-se “um casamento de papel passado” (escravidão total). Caracteriza-se pelo seu desespero em levantar o “astral”, pelo menos ate’ um nível normal, o que requer mais drogas. Já’ terá perdido peso, mas agora perde ainda mais; comporta-se como um sonâmbulo e está cronicamente deprimido.
Se não for interrompida essa etapa termina em suicídio ou morte por overdose acidental.
Literalmente chega ao fundo do poço, e descobre que na sua limitação humana depende agora da droga para tudo. Em muitos casos e’ nessa fase que o dependente aceita a ajuda da família.

Aspectos Psicológicos

 

Psicologia e’ a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Conjunto de estado e disposições psíquicas e mentais de um individuo ou grupo de indivíduos. Ciência que estuda a alma, intelecto, emoções e vontades.

 

Atualmente, a Psicologia e’ entendida como a Ciência do Comportamento, considerando-se comportamento toda e qualquer manifestação de um organismo: andar, falar, gritar, estudar, aprender, esquecer, gostar, odiar, amar, trabalhar, brincar,etc. Estamos sempre nos comportando de uma maneira ou outra.

 

A Psicologia vai procurar compreender o comportamento: isto e’ verificar os fatores que levam alguém a se comportar de uma maneira ou de outra.

 

Na medida em que se consegue compreender e explicar o comportamento das pessoas, a Psicologia pode ajudá-las a se conhecer melhor e se comportarem de maneira a se sentirem mais satisfeitas. Dessa forma, a par da pesquisa para conhecer o comportamento, a Psicologia oferece as pessoas, por meio do conhecimento das causas e conseqüências de seus atos, condições de escolher os comportamentos mais adequados as suas próprias realizações.

 

Quando o ser humano sente muita tensão, provocada pelo sentimento de vazio existencial, a maneira mais fácil de aliviá-la e’ por meio da fuga da situação. Essa e’ uma reação bastante imatura que normalmente e’ usada, pois o problema não e’ resolvido, mas apenas ignorado.

 

As tensões sofridas podem ser em decorrência da pressão, da falta de um projeto de vida ou de um amparo social.


Utilizam-se todos os meios possíveis para evadir-se das dificuldades. Dentre esses métodos, um dos mais perigosos e’ a droga. Ao fazer uso dela, a pessoa passa a satisfazer-se da fantasia, como se essa trouxesse resposta as suas dificuldades. Tudo, no entanto não passa de um grande embuste.

Como o consumo de drogas está diretamente ligado à revolta contra a sociedade repleta de normas pré-estabelecidas, tidas como boas e validas, os tóxicos evidentemente ganham terreno e simpatia.

E’ uma maneira de fazer o mundo perceber sua insatisfação com o ambiente em que vive.

Então, fumando um cigarro de maconha, por exemplo, sente-se transgredindo as leis, chocando todos, se auto afirmando, e dando asas a sua falsa liberdade.

Não são, no entanto, somente essas razoes que o levam a conhecer o vicio. Existem inúmeras outras que devem ser discutidas e esclarecidas individualmente, pois o problema do vicio também esta’ dentro do individuo.

Os jovens costumam ser presa fácil dos tóxicos, pois não conhecem os males que podem vir a sofrer.

Tornam-se dependentes simplesmente ao imitar colegas que julgam ser mais adulto, ao tentarem se auto afirmar, provando a si mesmo que são livres e que podem fazer o que tiverem vontade, ou ainda, simplesmente, ao querer viverem uma emoção diferente.

O crescente número de toxicômanos, não  se deve somente a problemas individuais, mas principalmente `a sociedade e ao mundo moderno.
Acontece também do jovem drogar-se para ser o centro das atenções. E’ um modo extremado e um tanto radical de fazer com que os pais e colegas se preocupem, isso demonstra demasiada imaturidade.

A falta de compreensão e de apoio familiar quanto à crise na adolescência, com inúmeras exigências e sem enxergar que o jovem ainda não esta’ apto a cumpri-las, são os fatores que o levam a fuga nas drogas.

Geralmente os pais não percebem que os filhos não conseguiram ainda desprender-se dos valores da infância, e que procuram um caminho para a criação de uma filosofia de vida, ainda muito confuso e mal traçado. Não notam que, voltado para dentro de si, não se pode ver o que se passa ao seu redor e que está totalmente absorvido por duvidas e questionamentos.

Diante dessas frustrações, inseguranças e ansiedade o jovem apela para a droga, como fuga para o sonho, negando assim tudo que o ameaça, recalcando ainda mais os seus conflitos.

Sem consciência da situação, não percebe que não esta se libertando dos problemas, mas que apenas conseguiu, por algum tempo, esquecer aquilo que o perturba tanto.

A dependência vem lenta e contínua, e é comum, quando se da’ conta, ser tarde demais.

O uso da droga pode ter conseqüências graves, como demência precoce, morte por debilidade orgânica ou suicídio.

Não e’ sem razão a proibição aos tóxicos. Eles já tolheram milhares de vidas humanas, que nem terminaram seu desabrochar e já foram ceifadas.

A questão do alto índice de toxicomania, muitas vezes, decorre da facilidade do encontro da droga e da curiosidade e vontade de experimentar o proibido; aquilo que e’ francamente condenado.

E’ justamente ao provar o primeiro cigarro que começa o vicio. Ao lembrar-se que se teve uma boa sensação, resolve-se ter mais uma experiência, e de repente, já esta dependente.

Drogando-se, se auto-agride e ataca a sociedade, sendo levado à criminalidade, já que a droga é ilegal.

A maconha, por exemplo, leva a um comportamento desviado, mas não tipicamente agressivo.  Sua tendência e’ deixá-lo desligado de certos estímulos do meio, ficando ate calado e deprimido. Com a percepção diminuída, não há aproveitamento de seus potenciais e facilmente se cometem erros ao atravessar a rua, ao dirigir um carro, etc., podendo acidentar-se. Quando usada em grupo, torna-se por vezes, eufórico e, logo depois passivo. Se estiver mais frágil, permite alucinações ou pânico.

A dependência psicológica e’ intensa, podendo levar a cometer delitos. A necessidade de obter a droga leva ao crime e a um complexo de erros, como suborno, roubo ou tráfico.

Há outras drogas que incitam comportamentos agressivos, como e’ o caso da anfetamina e cocaína. Estas possuem um efeito farmacológico  que estimula o sistema nervoso central. No inicio produzem sensação  e euforia, bem estar, disposições e aumento das atividades em geral. Após a sensação de euforia, segue-se um sentimento depressivo profundo, fadiga e terror. Muitas vezes, para evitar esta segunda fase toma-se outra dose criando-se assim um círculo vicioso de excitação e depressão.

Com o uso, faz-se necessário o aumento da dose para produzir o mesmo efeito, podendo chegar à dose tóxica.

Esta se caracteriza por excitações incontroladas, desejos irresistíveis, impulsos, força física acompanhada de delírios, alucinações e confusão mental.

Sob efeito da droga, o individuo pode agir sem nenhuma razão ou motivo aparente, chegando ate’ ao crime. Algumas vezes, e’ usada por marginais, com o intuito de obter maior coragem na execução de seus delitos. Ocorre então o controle químico de sua covardia. A violência, muitas vezes e’ efeito do abuso dos tóxicos.

Conclui-se daí, que a droga e o crime estão intimamente ligados, mata-se para obter dinheiro para se comprar tóxicos e faz-se uso dos tóxicos para ter força e cometer um homicídio, isto ocorre em um estágio avançado de dependência. 

O acompanhamento psicológico, que vai procurar as causas inconscientes bem como a sua readaptação social e’ importante, mas o imprescindível para o processo de libertação das drogas e’ JESUS.

 

 

Uma abordagem Médica-Cristã

 

Diante da tragédia do alcoolismo e do vicio em drogas psicotrópicas nos vemos diante de dois dilemas:

 

-  A explicação do porquê ocorre. 

-  A busca da solução.

Já se sabe através de experiências cientificas comprovadas, que toda sensação de bem estar, alegria, e coragem para enfrentar os desafios do dia a dia nos seres humanos e’ resultado do bom funcionamento do sistema nervoso central, o cérebro.


As sensações são passadas de uma célula para outra (ou neurônios) através de suas conexões (as sinapses) e intermediadas por substancias químicas produzidas pelas próprias células nervosas, como por exemplo, a serotonina, as endorfinas entre outras.

Para haver o bom funcionamento do sistema nervoso central, há necessidade de que o organismo como um todo, esteja em seu pleno funcionamento que e’ o que se pode definir como estado de saúde. E se enriquecer ainda mais este conceito, podemos usas a definição da Organização Mundial de Saúde, “Saúde e’ o mais completo bem estar físico, psíquico e social”. Assim vamos constatar que, infelizmente, não e’ a maioria dos seres humanos que goza deste privilegio.

Quando o sistema nervoso central do ser humano funciona adequadamente, as substancias químicas referidas serotoninas, endorfinas, etc., são produzidas nas quantidades necessárias e deixam o ser humano gozando de bem estar, alegria e coragem para enfrentar os desafios do cotidiano, desde a infância, adolescência e na vida adulta. Quando isto não ocorre, surge o individuo com enorme dificuldade de se adaptar a escola, inicialmente, depois nos relacionamentos, por fim no trabalho e no sustento pessoal e da família.

Na falta da orientação apropriada, este indivíduo, seja na adolescência ou na fase adulta, encontra as drogas psicotrópicas que vão fazer as conexões entre os neurônios de forma artificial e perigosíssima. Artificial porque não são produzidas pelo organismo. Perigosíssima porque sendo artificial, o organismo não tem o menor controle. Daí as alucinações, que levam a loucuras e as overdoses que matam.  E existem as outras conseqüências terríveis como a resistência. Toda substância química que o organismo produz e por alguma deficiência ele deixa de produzir adequadamente e lhe são fornecidas drogas substitutas de forma artificial, e tornam cada vez mais inibido de produzir as naturais e daí a dependência. Como são substancias artificiais, o organismo vai criando resistência a elas, exigindo doses cada vez maiores, e ai’, as desastrosas conseqüências de toda essa loucura. A destruição do organismo pelos efeitos colaterais, os gastos cada vez maiores para adquirir as drogas, etc.

Pelo exposto ate’ aqui fica claro que não é o contato com a droga que vai causar o vicio. Mas a predisposição do individuo, que teve uma educação inadequada, um convívio familiar conflitante, que geram uma personalidade frágil, inibida, reprimida. E logo, deficiente na produção de serotonina, endorfina etc.

Quando esse indivíduo, tímido, acovardado e triste experimenta uma droga psico-ativa, como a bebida alcoólica, a timidez vai embora e ele, finalmente, se sente alegre e feliz. E mal sabe que a desgraça foi instalada em sua vida.

Com todo o avanço tecnológico chegando a intimidade das moléculas que nos compõe, o DNA, a medicina chegou a conclusão que o individuo alcoólatra, ou dependente de outra droga e’ um doente incurável. E sua única saída e’ ficar longe da bebida para o resto de sua vida.
Para o individuo que rejeita sua natureza divina, espiritual e se confessa agnóstico, ateu, temos que concordar com esta posição, pois o ser humano que não busca a solução de seus problemas em Deus e nas Escrituras Sagradas, tem que aceitar os limitados recursos humanos. Já, para os que com humildade, reconhecendo seus limites, buscam o auxilio Divino, as coisas são bem diferentes.

Considerando a dependência química uma doença, encontramos no Salmo 103: 3  a promessa do Deus compassivo e misericordioso: “ Ele perdoa todos os meus pecados e cura todas as minhas doenças”.

Quando a Bíblia, Palavra de Deus fala em perdão, é para valer, é anistia, é esquecimento, não fica seqüela.
É só lermos Rm 8: 1.   Logo, quando Deus cura, também é para valer, pois a ação de Deus é completa.

Diferentemente de outros, nós, com a graça de Deus, com o ensino da Sua Palavra, as Escrituras Sagradas e a prática do evangelho de Jesus Cristo, temos a solução para o problema, a cura definitiva da dependência das drogas do alcoolismo e de todas as demais contaminações do mundo.

GAUF - Grupo de Apoio aos Usuários e Familiares